sábado, 22 de julho de 2017

O Caminho da Meditação

Retiro com o Lama Padma Santem ao vivo até o dia 30 de julho, imperdível!!!!!!

Só clicar nesse link e seguir na página do Lama do youtube:

https://www.youtube.com/channel/UCz3WPsPTwekahMtKoz9YdmA

Aproveitem!!!!!

Retiro de Inverno 2017 com Lama Padma Santem


terça-feira, 19 de março de 2013

BRILLIANT MOON

Depois de tanto tempo sem postar nada por aqui, retorno com este documentário sobre a vida de um dos mais célebres mestres budistas do Sec. XX, o venerável Dilgo Khyentse Rinpoche (1910-1991), da tradição Nyingma, mestre do atual XIV Dalai Lama, Tenzin Gyatso e da familia real do Butão.

Este vídeo é para todos aqueles que possuem algum nível de conexão com este grande mestre. 

Amor e paz!



sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Alan Wallace ao vivo

TRANSMISSÃO AO VIVO - "EXPLORANDO AS PROFUNDEZAS DA PSIQUE" COM O PROFESSOR BUDISTA E FÍSICO ALAN WALLACE, DIRETO DO TEMPLO CAMINHO DO MEIO. SAIBA MAIS...

DIAS 13,14, 15 E 16 - 9H-12H, 14-17H E 20H-21H30
DIA 17 - 12H-17H

Acesse nos respectivos horários e dias:
http://bodisatva.com.br/ao-vivo/

Ou em outro momento em:
http://www.ustream.tv/user/lamapadmasamten/videos

domingo, 25 de dezembro de 2011

A Paz é o Nosso Estado Original


O mestre budista Dzigar Kongtrul Rinpoche esteve em Salvador em novembro último e concedeu entrevista à Cássia Candra da Revista Muito, do Grupo a Tarde.

Abre aspas com Dzigar Kongtrül Rinpoche

Texto Cássia Candra

Na casa de frente para o mar, exatamente onde o vento “faz a curva”, na Pedra da Sereia, uma escada em espiral leva ao terraço, três pisos acima. Lá, medita Dzigar Kongtrül Rinpoche. No lugar, perfeito para o Jal Samadhi (prática de flutuar na água durante a meditação), o monge indiano de 47 anos fundou o Centro Budista TibetanoGuna Norling(gunanorling.org). De linhagem Nyingma, é o único na América Latina sob sua orientação. Desde 2003, veio à Bahia três vezes e, na última, há pouco mais de 15 dias, iniciou, com estudos do texto clássico Carta a Um Amigo, de Nagarjuna, um novo projeto: a implantação de um Shedra, curso superior de aprofundamento nos ensinamentos do Buda. Nascido em Manali, no Himalaia, e desde 1989 estabelecido nos Estados Unidos, Kongtrül Rinpoche se dedica à pintura e é autor de vários livros. Durante cinco anos ensinou filosofia budista na Universidade de Naropa, no Colorado, e fundou a organização Mangala Sri Bhuti. Estuda a raiz do budismo desde menino, quando foi reconhecido como encarnação de Jamgon Kongtrül Lodro Thaye, mestre tibetano do século 19, e teve como professor o grande iogue erudito Khenpo Rinchen.

Como os principais ensinamentos de Nagarjuna podem ser aplicados em nossa vida prática?

Basicamente, esses ensinamentos de Nagarjuna são correspondências a um amigo muito querido, que é um rei. Pelo fato de serem dados a um rei, os ensinamentos são dados a pessoas não-monásticas. Então, são conselhos de como devemos prosseguir numa vida espiritual, mesmo sem sermos monásticos, mas dentro de um contexto familiar.

Sua Santidade, o Dalai Lama, costuma dizer que ninguém precisa ser religioso para praticar a compaixão.

Com certeza, não. É uma questão de opção, das opções que fazemos. E também da predisposição que trazemos de uma vida anterior. Depende das condições, da fé e das escolhas que fazemos. Mas é muito indicativo para as pessoas que têm uma prática espiritual na vida se autorrefletir. Para tentar compreender quem somos como seres humanos. Ter respeito e interesse pelas pessoas; ter compaixão, tolerância e bom coração, são virtudes básicas para o desenvolvimento de cada um de nós.

Mas, no mundo, não vemos muita compaixão; não vemos pessoas se colocando no lugar das outras. A maioria pratica pouco ou não pratica essas virtudes. O que nos falta para alcançar este desenvolvimento? Qual a visão que o senhor tem da humanidade do século 21?

O Buda disse que, se treinarmos a mente, ela se torna mais aberta; mas, se não for treinada, fica enrijecida. A ciência e a tecnologia deste século – e as necessidades que fizeram com que estas ciências se desenvolvessem – alcançaram um avanço enorme, mas não podemos ignorar nossos hábitos de ganância. Então, há uma necessidade de dispersar esse pensamento egoísta, essa tendência a pensar só em si mesmo, em consumir, em se divertir, para passar a pensar em coisas que alimentam a nossa autointrospecção e o nosso autoconhecimento.

Diria que as pessoas estão perdidas?

Não completamente. Mas, até a humanidade se conscientizar da necessidade de se autorrefletir, o impacto social – os ricos se tornando cada vez mais ricos e os pobres mais pobres – e o impacto ambiental que causamos continuarão tendo efeito. Contudo, a bondade básica que temos como seres humanos irá corrigir esses defeitos.

Que exemplo o senhor daria de “bondade básica”?

O Movimento de Ocupação que está ocorrendo nos Estados Unidos agora. É um movimento enorme, que leva muitos jovens, em sua maioria, a ocupar Wall Street e as maiores cidades do país com o objetivo de protestar contra a desigualdade (lá, a classe média está sendo esmagada pelo 1% da população que tem poder financeiro e de governo). Então, é uma ocupação pacífica, ninguém agride ninguém, mas não deixa de se colocar, de afirmar que tem consciência do que está errado. Esse movimento é um exemplo de que haverá uma correção e é preciso que haja essa correção. A bondade fundamental irá fazer com que a humanidade se dirija a autorreflexão.

Essa é uma das propostas do budismo, incentivar essa atitude?

Que atitude?

Cultivar o que há de bom dentro de nós.

O Buda diz que, com a Lei do Carma, que afirma que tudo o que uma semente possa trazer de efeitos positivos, quando for plantada, assim o fará; mas, se essa semente for negativa, os efeitos serão igualmente negativos. Esses efeitos se referem tanto ao indivíduo como para a comunidade. Então, o indivíduo tem que ter uma atitude positiva, cultivar tolerância e bondade, e dessa maneira adquirir um bem-estar pessoal e impactar a comunidade.

Então, é uma questão de atitude?

De ter atitude e determinação para cultivar e manter esses hábitos.

Muitas filosofias espiritualistas dizem que a paz é nosso estado original. O senhor concorda?

Sim, na verdade a paz é nosso estado original. Porque, se não fosse assim, a iluminação teria que ser criada. Mas ela não é criada, é descoberta. Então, a confusão é como as nuvens no céu e a paz, como o céu limpo.

E por que há tanta violência no mundo?

Acho que violência e ambição andam juntas. E essa ambição se sustenta na crença da existência de si mesmo. Então, a pessoa tem que se proteger. Todos nós temos um ego e todos nós temos que proteger esse ego, mas isso vai além dessa intenção de trocar de lugar com o outro, de nos colocar no lugar do outro. A violência surge disso, da ambição e dessa mentalidade mesquinha.

Surge de um estado mental confuso? Essas pessoas estão confusas, não?

Sim, estão. Mas isso não significa que as nossas intenções não podem ser mudadas; não significa que essa confusão é intrínseca.

Não estaríamos confusos sobre o conceito de felicidade, por exemplo? Todos queremos ser felizes, mas, ao buscar a felicidade, somos capazes de praticar boas ações, mas também de roubar e matar. Lembro de um bandido carioca que contou que entrou no mundo do crime porque sonhava com sua geladeira abarrotada de iogurte.

Sim, entendo o que você quer dizer. Em vez de sermos felizes, não conseguimos dar um suporte às causas e condições que criam essa felicidade. Fazemos o contrário, ao aplicar causas e condições que nos levam ao oposto disso. A intenção não tem o impacto da ação. O que causa sofrimento é essa confusão, quando a ação e a intenção estão separadas.

Como podemos colocar uma boa intenção na ação?

Em vez de ser feliz sozinho (porque isso de ser feliz sozinho é inato, é básico, é um desejo que temos), com a intenção é possível saber o que fazer para ser feliz: é ser bondoso, tolerante; é entender o carma (causa e efeito) do que fazemos. É assim que podemos ser felizes.

E o que nos leva a relativizar o conceito de felicidade?

Educação, as condições de como somos criados, se temos liberdade de fazer o que queremos, interesse pessoal, motivação, são vários fatores que levam a esse tipo de comportamento. O budismo tenta incentivar isso no indivíduo e na comunidade.

Nos últimos anos, o budismo tem alcançado grandes públicos no Ocidente. A que o senhor atribui esta popularidade?

O budismo é a filosofia que encoraja o raciocínio e a análise. Atualmente temos uma população mais educada no mundo. E o raciocínio lógico tem dado esse crédito ao budismo. Essa capacidade de raciocinar com lógica é o que atrai as pessoas. Elas veem a lógica por trás do budismo.

No Brasil, os livros do Dalai Lama, que figuram na lista dos mais vendidos, também demonstram esta popularidade. Como vê seu afastamento da política?

Sua Santidade, o Dalai Lama, ponderou muito a esse respeito e resolveu que cabe dar um passo como esse devido à sua idade e à situação política do Tibete, com a ocupação da China, para o bem do Tibete como nação e uma futura democracia. É a intenção dele. Mas isso também é um assunto muito sentimental para os tibetanos, que consideram essa decisão como uma grande perda para eles. Por outro lado, Sua Santidade sempre estará presente na vida do povo tibetano, como já esteve em numerosas vidas passadas.

Pode falar da experiência como professor na Universidade de Naropa?

Naropa é uma universidade fundada por um grande mestre budista. Lá tem cursos de graduação e pós-graduação em budismo, dança, psicologia, escrita criativa, entre outros. Ensinei no curso de budismo e servi lá ocupando a Cadeira de Sabedoria. Foi uma grande experiência, muito gratificante. O que ensinei em Naropa intenciono ensinar aqui, no Shedra: textos clássicos escritos por professores indianos budistas, na antiga faculdade Nalanda. Todos eles cursos de filosofia budista clássica.

O senhor esteve aqui em 2003 e fundou este centro e volta agora trazendo o Shedra. Por que escolheu Salvador para trazer um programa de educação?

Porque adoro esta cidade. Venho aqui para fazer retiros e agora também para implantar o Shedra. Eu diria que vou unir o útil ao agradável. Esta é minha oferenda. Se as pessoas estão interessadas, é oportuno. Eu amo a Bahia, e, como este lugar é especial para mim, trouxe o Shedra.

O senhor é um artista que fala da necessidade de educar as pessoas. Nos anos 20, o russo Nicholas Roerich (1874-1947) – também artista e educador, que viveu na região onde o senhor nasceu – dizia que a arte unirá a humanidade. O senhor acha que a arte e a cultura têm poder para nos transformar tão profundamente?

Do meu ponto de vista, arte em geral é a alma de uma cultura. Os artistas são inocentes, eles têm frescor e são revolucionários. Eles enxergam o que é preciso para uma mudança e não têm medo de tomar o próximo passo. Sem a arte, o mundo seria sem graça e chato. Imagine o mundo sem a música, a pintura, a dança… Isso, em si, fala da importância do artista e da arte no mundo.

Há uma necessidade de dispersar essa tendência a pensar só em si mesmo, em consumir, para passar a pensar em coisas que alimentam nosso autoconhecimento.

Retirado do blog Bodisatva na sessão de Miguel Berredo

http://bodisatva.com.br/a-paz-e-o-nosso-estado-original/

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Nada a esperar, nenhuma queda a temer

Nada a esperar, nenhuma queda a temer

Nyoshul Khen Rinpoche


Todos os pensamentos, sentimentos, emoções, percepções, sensações, estados da mente, conceitos e tudo mais são como nuvens no céu, momentaneamente se reunindo e depois dispersando, se dissolvendo de volta exatamente nesse mesmo espaço. Que bem pode haver em se apegar a isso? Que bem pode haver em tentar se afastar disso?

Tudo é a exibição ilusória, milagrosa, como um sonho, da própria mente de alguém. Não há nada especial a se fazer sobre isso, exceto reconhecer sua natureza verdadeira, sua vacuidade, e ser livre dentro do que quer que pareça surgir.

Não é necessário julgar experiências e pensamentos como bons ou ruins, como desejáveis ou indesejáveis, proveitosos ou improveitosos. Deixe apenas ir e vir do modo como é, sem se envolver demais, sem se identificar com nada, nem cedendo nem seguindo, nem suprimindo nem inibindo. Simplesmente deixe todas as coisas internas e externas aparecerem e desaparecerem à sua própria maneira, apenas como nuvens no céu, e permaneça acima e além disso tudo, mesmo no meio das atividades e responsabilidades diárias.

Há tantas coisas para se fazer neste mundo, mas há apenas uma coisa que uma pessoa precisa conhecer, e isso é a sua própria natureza. Esse é o medicamento universal, a panaceia que cura todos os males e doenças. O que quer que vem, também vai. A própria natureza, o ser fundamental de alguém, está além — não se afeta pelas manchas que surgem ou por fenômenos temporários. Não vem nem vai: permanece imutável. Ao reconhecer isso, a transcendência inata é vivenciada. Então, samsara e nirvana não significam nem esperança nem medo para o praticante; a dualidade não mais prevalece. Não há nada a esperar, nenhuma queda a temer.

Como Guru Rinpoche, Tilopa e Naropa, e o Mahasidda Saraha disseram: “Com objetos externos, não se preocupe. Como objetos internos (o próprio sujeito), não se preocupe. Sem olhar para fora ou dentro, deixe como é: vazio, livre e aberto. Não são os objetos externos que nos prendem, mas sim o apego interno que nos amarra.”

Essa é a instrução essencial dos mahasiddas da India e dos yogues realizados do Tibet. Ela é baseada nas palavras do próprio Buda Shakyamuni, que disse que a raiz de todo sofrimento é se agarrar, se apegar. Não há outro ensinamento além deste. Isso é a raiz de tudo. Esse é o princípio por trás de todas as diferentes explicações.

A sensualidade não está nos objetos, está na mente que deseja, no próprio desejo. O desejo preenche os objetos com a qualidade de serem desejáveis, com sensualidade e valor. De outro modo, o que é desejável de modo absoluto? Tudo depende da mente, do próprio condicionamento da pessoa; o que uma pessoa deseja e aspira, a outra pode repudiar e evitar a todo custo. Não é óbvio isso?

Nyoshul Khen Rinpoche (Tibete, 1932 – França, 1999):

Retirado do blog SAMSARA

domingo, 27 de novembro de 2011

Meditação ajuda a proteger o cérebro


Praticantes mais experientes são capazes de 'desligar' áreas cerebrais.
Técnica também pode contribuir para parar de fumar e lidar com o câncer.

Pessoas que têm experiência em meditação parecem ser capazes de “desligar” áreas do cérebro associadas a devaneios, transtornos psiquiátricos (como esquizofrenia) e autismo, segundo um novo estudo de imagens cerebrais feito por pesquisadores da Universidade Yale, nos EUA. O trabalho foi publicado esta semana na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

A capacidade da meditação em ajudar indivíduos a manter o foco no presente tem sido associada a maiores níveis de felicidade, destacou o principal autor da pesquisa e professor assistente de psiquiatria em Yale, Judson A. Brewer.

Entender como funciona a meditação pode ajudar na investigação de uma série de doenças, afirmou Brewer. "Essa prática tem se mostrado capaz de amenizar vários problemas de saúde, ao contribuir para que pessoas parem de fumar, lidem melhor com o câncer e até mesmo evitem a psoríase", enumerou o cientista.

A equipe de Yale realizou exames de ressonância magnética funcional em pessoas experientes e novatas na meditação, enquanto elas praticavam três diferentes técnicas de esvaziar a mente dos pensamentos.

Os pesquisadores descobriram que meditadores experientes tiveram uma redução da atividade em áreas cerebrais da chamada rede neural de modo padrão, que tem sido associada a lapsos de atenção e distúrbios como ansiedade, deficit de atenção e hiperatividade, e até acúmulo de placas senis na doença de Alzheimer.

A queda da atividade nessa rede, que engloba a parte medial do córtex cingulado pré-frontal e posterior, foi percebida nos participantes mais experientes, independentemente do tipo de meditação que faziam.

Os exames de imagem também mostraram que, quando a rede neural era ativada, regiões cerebrais associadas ao automonitoramento e ao controle cognitivo foram acionadas nos meditadores de longa data, mas não nos novatos. Isso pode indicar que os primeiros estão constantemente acompanhando e suprimindo o surgimento de divagações e pensamentos sobre si mesmos. Em formas patológicas, esses estados são associados a doenças como autismo e esquizofrenia.

Os participantes mais experientes fizeram isso durante a meditação e também quando estavam descansando. Isso indica que eles desenvolveram um modo padrão "novo", em que há uma maior consciência no presente e menos foco no "eu", ressaltam os pesquisadores.

"A capacidade da meditação em ajudar as pessoas a permanecer no presente tem sido parte de práticas filosóficas e contemplativas há milhares de anos", disse Brewer. "Por outro lado, as marcas de muitas doenças mentais são uma preocupação com os próprios pensamentos, condição que a meditação parece atingir. Isso nos dá algumas pistas de como os mecanismos neurais podem atuar clinicamente”, conclui o autor.

Retirado do site: G1 Ciência e Saúde - http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/11/meditacao-ajuda-proteger-o-cerebro-de-doencas-psiquiatricas-diz-estudo.html

sábado, 19 de novembro de 2011

Dalai Lama - Citação da Semana


Dalai Lama - Citação da Semana

No dia-a-dia, se você levar uma vida boa, honesta, com amor, com compaixão, com menos egoísmo, então automaticamente isto conduzirá ao nirvana .... Temos de implementar estes bons ensinamentos na vida diária. Se você acredita em Deus ou não, não importa tanto, se você acredita em Buda ou não, não importa tanto, comoum budista, se você acredita em reencarnação ou não, não importa tanto. Você deve levar uma boa vida.

E uma vida boa não significa apenas bons alimentos, boas roupas, um bom abrigo.Estes não são suficientes. Uma boa motivação é o que é necessário: a compaixão, sem dogmatismo, sem filosofia complicada, basta entender que os outros sãoirmãos e irmãs humanos e respeitar seus direitos e a dignidade humana. Que nós humanos podemos ajudar uns aos outros é uma das nossas capacidades humanasúnicas. Devemos compartilhar o sofrimento de outras pessoas; mesmo se você não pode ajudar com dinheiro, mostrar preocupação, dar apoio moral e expressarsimpatia são valiosos em si mesmos. Isto é o que deve ser a base das atividades;se chamar isso de religião ou não não importa .... Na minha religião simples, o amor é a motivação fundamental. (P.20)


sexta-feira, 9 de setembro de 2011

EU VOU TE FAZER FELIZ


Conheça Mingyur Rinpoche, o homem mais feliz do mundo



Aos 32 anos, o lama Mingyur Rinpoche pode ser considerado um dos homens mais felizes do mundo. Após monitorá-lo em pesquisas na Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, os cientistas descobriram que a atividade de seu cérebro ligada à felicidade era 10 vezes maior do que na média das pessoas. Para Rinpoche, no entanto, a felicidade em si não é assim tão importante. Ele diz que mais do que ser feliz, importa é como lidamos com a mente e qual a intenção por trás de nossas ações. Em seu livro recém-publicado A Alegria de Viver – Descobrindo o segredo da felicidade (Campus, 288 págs.), ele desenvolve o assunto de maneira profunda e clara, contando como a ciência e o budismo se aproximam cada vez mais para explicar o funcionamento do cérebro e nos ajudam a decifrar o segredo da felicidade. Ser happy é ser hype A chave seria usar essa “plasticidade neuronal” (nome dado pela ciência à capacidade do cérebro de se moldar) para criar hábitos mais positivos e revelar a nossa verdadeira natureza. A melhor maneira de fazer isso, reforça ele, seguindo os resultados mostrados pela pesquisa, é treinar sistematicamente a meditação. Em seu livro, Rinpoche explica alguns métodos para se meditar segundo a tradição budista, que para ele é mais uma filosofia de vida do que uma religião. De todos os métodos, o que ele mais enfatiza é o da compaixão, que pode ser resumido no lema “coloque a felicidade do outro na frente da sua”. Durante as pesquisas da Universidade de Wisconsin, o cérebro de Rinpoche era minuciosamente monitorado. O que se observou é que as atividades neuronais ligadas à felicidade tinham o seu clímax quando Rinpoche estava fazendo meditação. Nesses momentos os índices eram 1.000% maiores comparados ao de uma pessoa que não meditava. A meditação, concluíram os neurocientistas, era a grande chave para o autoconhecimento e o controle da própria mente – e conseqüentemente a ferramenta mais importante para a “transformação” da realidade. Rinpoche, você é considerado o homem mais feliz do mundo.

Nunca fica triste?
Fico triste o tempo todo (sorri). Quando eu era jovem, tinha muitos problemas emocionais. Dos 7 aos 13 anos, tinha ataques de pânico e foi realmente difícil. Mas apliquei as técnicas de meditação que aprendi: sentei em meu quarto por três dias e usei o pânico como suporte para minha meditação e ... então ele se foi, deixando minha mente estável. Hoje em dia, quando tenho alguma emoção negativa, minha meditação fica mais clara e forte. O mais difícil é quando tudo está OK, sem dificuldades. Então a mente vagueia, fica sem foco.

As pessoas, muitas vezes, acham que precisam meditar para se ver livre dos problemas

... É importante compreender que lutar contra as emoções negativas não irá fazê-las desaparecer. Temos de entender que tudo está bem do jeito que está, seja bom ou ruim. Você pode usar as situações como suporte para sua meditação – por exemplo a sua ansiedade pode ser usada como suporte ao se transformar em objeto de observação da sua mente durante a meditação. Atrás da ansiedade está um estado desperto, pleno de contentamento. A ansiedade é apenas a superfície. Se você souber usar seus momentos difíceis, eles se transformam em seus aliados.

É cada vez mais comum o culto à auto-estima, ao poder da mente. Filmes como O Segredo reforçam essa visão. O que acha disso?
Há algo estranho ali. A mensagem acaba sendo a de que, mesmo que esteja fazendo algo errado, você deve acreditar que vai conseguir. As pessoas começam a acreditar que podem fazer o que quiserem. De certa forma, isso faz com que superem uma certa falta de confiança interna. Esse problema de falta de confiança é muito comum hoje em dia. Mas isso acaba sendo exagerado e elas vão para o outro extremo. Você perde a compaixão, perde a empatia pelos outros, e tudo passa a ser apenas sobre o que você quer...

Mas você precisa de um objetivo para crescer, não?
Sim, no budismo, aprendemos que não podemos levar o objetivo tão a sério. Temos de cultivar o relaxamento. Não adianta ficar tenso, pensando no resultado. Você deve ser diligente e relaxado ao mesmo tempo. Se sua mente fica tensa, tudo fica impossível e qualquer pequena dificuldade faz você desanimar. No dia seguinte você não consegue nem se levantar da cama, fica desanimado. O equilíbrio é mais importante do que alcançar objetivos, conseguir coisas. Nos dias atuais, todos nós temos medo, somos deprimidos em maior ou menor grau. É importante para combater esse medo e essa depressão descobrir o poder da mente. Isso é importante para melhorar sua confiança, mas não use isso para reforçar o seu ego, para dar suporte a ele. Use sua mente para melhorar a confiança com o objetivo de ajudar os outros.

É preciso ter uma religião para meditar? Ou podemos meditar seguindo instruções gerais para acalmar a mente, por exemplo?
Uma meditação pode ser básica, como a Shamata. Nesse caso, não precisa estar associado à nenhuma religião. Mas se você quiser ir mais fundo, um caminho espiritual irá ajudá-lo bastante, por causa de seus métodos. Mas eu digo que o budismo, por exemplo, não é uma religião. É uma maneira de viver a vida, uma filosofia. Os cientistas passaram a meditar depois de constatarem os resultados impressionantes dos seu testes? Sim, eles se tornaram grandes meditatores (risos).

E eles se aproximaram mais do budismo? Hehehe. Isso eu não perguntei...

Por Marcelo Guerreiro - Revista Trip

sexta-feira, 18 de março de 2011

Transmissão ao vivo

Retiro do Lama de 18 a 20 de março.

O Lama Padma Samten estará em Santa Catarina para o seminário:

"Lucidez na Vida e na Morte".

sexta (18/03): 20h

sábado (19/03): 09h, 14h e 20h

domngo(20/03): 09h

Transmissão ao vivo pelo USTREAM: