quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Noite de Lua Cheia



Queridos,


Mais um ano se encerra e assim entramos naquele processo de reflexão do que foi positivo, do que precismos melhorar, o que precisa ser reforçado e o que precisa de fato ser ultrapassado. Neste último ano muitos entraram em contato com este blog, desta forma entrei em contato com novos irmãos e encontrei novos "caminhantes", pessoas maravilhosas que buscam trilhar o difícil caminho espiritual. Agradeço então a todos que contribuíram com o Meditar e que tornaram este espaço um lugar de profunda reflexão. Que 2010 venha cheio de novidades interessantes e que possamos continuar a construir esta imensa rede de benefício a todos os seres. Agradeço também a esta imensa rede de blogs, extremamente sérios, que buscam o contato de forma genuína e pura. Não poderia deixar de agradecer a generosidade de todos os mestres que permitem a publicação e divulgação de seus maravilhosos textos.


Em janeiro estarei viajando mas espero poder continuar em fevereiro esta nossa bela troca de experiências.


Boas festas!!!! Um 2010 cheio de saúde, amor e muita paz!!!!!


Aproveitem a virada contemplando a Lua Cheia.


Com carinho,


Marcio - Padma Jigme

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Que possamos celebrar este momento com muita sabedoria.
Um feliz natal para todos.

Amor e paz!!!!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

A DISTRAÇÃO


Inúmeras pessoas crêem que a meditação deve necessariamente ser um estado desprovido de todos os pensamentos. Ora, quando elas meditam, pensamentos aparecem e elas concluem disso que são incapazes de meditar, que a meditação é um exercício completamente fora de seu alcance. Esse a priori é um erro: meditar não é apagar todo pensamento. Como abordar o problema dos pensamentos?É preciso, antes de tudo, evitar dois erros: 1 - O primeiro é não tomar consciência de que os pensamentos se produzem nem segui-los maquinalmente;2 - O segundo é procurar dete-los.A atitude justa será, ao contrário, estar consciente da produção dos pensamentos, mas sem segui-los nem procurar para-los, mas simplesmente não ocupar-se deles. Se não nos ocupamos dos pensamentos, os pensamentos não tem força. Enquanto não conhecemos a natureza de nossa mente, esta produz pensamentos, que tanto podem ser positivos como negativos, dotados de uma grande força sobre nós mesmos, pois eles são apreendidos como reais. Sem esta apreensão, os pensamentos não tem nenhuma força. Quando deixamos a mente relaxada, vem de início um momento em que ela permanece sem pensamentos. Esse estado estável é como um mar sem ondas. Nessa estabilidade, surge em seguida um pensamento. Este é como uma onda que se forma na superfície do mar. Na medida em que deixamos este pensamento sem nos ocuparmos dele, sem o "deter", ele esvanece-se por si mesmo na mente de onde emanou. É como a onda que se desfaz de novo no mar de onde surgiu. 0 mar e a onda, se não refletimos sobre isso, podem aparecer como duas realidades separadas. De fato, elas são indiferenciadas em essência, pois a essência da onda é a água, bem como a essência do mar também o é. Não podemos dizer que ambos sejam entidades diferentes. Ondas sobem à superfície do mar, mas nada podem fazer alem de fundir-se de novo no mar.No entanto, não podemos dizer que o mar estaria de início diminuído ou que estaria em seguida aumentado. Da mesma maneira, quando deixamos acontecer o movimento dos pensamentos sem nos ocuparmos deles, nossa mente não se encontra deteriorada quando os pensamentos se produzem, e ela não se encontra melhorada quando é desprovida de pensamentos. Enquanto não tivermos compreendido o que é a mente, somos um pouco como aquele que estando na praia pensasse que o mar deve absolutamente ser desprovido de ondas. Quando uma onda vem em sua direção, ele desejaria agarrá-la e joga-la para um lado, depois, agarrar a seguinte e joga-la do outro lado. E mesmo quando, independentemente de seus esforços, o mar se acalmasse por instantes, seria inevitável que ondas se formassem de novo ali. Aquele que esperasse estabelecer um mar definitivamente desprovido de ondas só poderia estar constantemente decepcionado. Querer, durante a meditação, eliminar os pensamentos, é colocar-se na mesma situação. Quando ondas surgem do mar, elas recaem no mar. Na realidade, o mar e as ondas não são diferentes. Se compreendemos isso, permanecemos sentados na praia, relaxados: não há então nem fadiga nem dificuldade. Do mesmo modo, quando observamos a essência de nossa própria mente, que existam pensamentos ou não, é sem importância; permanecemos simplesmente - relaxados.

do livro "Meditação - Conselhos aoPrincipiante" de Bokar Rimpoche

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Introdução a meditação

POR QUE MEDITAR?

Os homens são afligidos por sofrimentos, angustias e medos inumeráveis que são incapazes de evitar. A meditação tem por função eliminar esses sofrimentos e essas angustias. Pensamos, geralmente, que felicidades e sofrimentos surgem de circunstancias exteriores. Sempre atarefados, de uma ou de outra maneira, a reorganizar o mundo, tentamos afastar um pouco de sofrimento aqui, acrescentar um pouco de felicidade ali, sem jamais alcançar o resultado desejado. 0 ponto de vista budista, que também é o ponto de vista da meditação, considera, ao contrario, que felicidades e sofrimentos não dependem fundamentalmente das circunstancias exteriores, mas da própria mente. Uma atitude de mente positiva engendra a felicidade, uma atitude negativa produz o sofrimento. Como compreender esse engano que nos faz procurar fora aquilo que podemos encontrar dentro? Uma pessoa de rosto limpo e nítido ao se olhar em um espelho vê um rosto limpo e nítido. Aquele cujo rosto e sujo e maculado de lama vê no espelho um rosto sujo e maculado. Em verdade, o reflexo não tem existência; só o rosto existe. Esquecendo o rosto, tomamos seu reflexo por real. A natureza positiva ou negativa de nossa mente se reflete nas aparências exteriores que nossa própria imagem nos envia. A manifestação exterior é uma resposta a qualidade de nosso mundo interior. A felicidade que desejamos não virá da reestruturação do mundo que nos cerca, mas da reforma de nosso mundo interior. 0 indesejável sofrimento só cessará na medida em que não embotarmos nossa mente com todos os tipos de negatividades. Enquanto não reconhecermos que felicidades e sofrimentos tem sua origem em nossa própria mente, enquanto não soubermos distinguir o que, por nossa mente, é proveitoso ou nocivo, e que a deixamos a sua insalubridade ordinária, permanecemos impotentes para estabelecer um estado de felicidade autêntica, impotentes para evitar as contínuas ressurgências do sofrimento. Qualquer que seja nossa esperança, ela é sempre decepcionada. Se, ao descobrirmos no espelho a sujidade de nosso rosto, decidíssemos lavar o espelho, mesmo que esfregássemos fortemente durante anos com sabão e água em abundância, nada aconteceria, nem a mínima sujeira, nem a mínima mancha desapareceria do reflexo. Por falta de orientarmos nossos esforços para o objeto justo, eles permanecem perfeitamente vãos. Eis por que o budismo e a meditação tem por primordial compreender que felicidades e sofrimentos não dependem fundamentalmente do mundo exterior, mas de nossa própria mente. Na falta dessa compreensão, nunca nos voltaríamos para o interior e continuaríamos a investir nossa energia e nossas esperanças numa vã busca exterior. Uma vez adquirida essa compreensão, podemos lavar nosso rosto: o reflexo surgiria limpo no espelho. [...]

do livro "Meditação - Conselhos ao Principiante" de Bokar Rimpoche

Consciência

(...)Ser uma boa pessoa faz parte da estrutura do ego de que falamos. Chega um momento em que constatamos ser impossível sobreviver neste universo a menos que se desenvolva uma estratégia. Para alguns, a estratégia é ofensiva; para outros é ficar pequena e invisível. A sua estratégia é ser uma boa pessoa, ter uma boa aparência e agradar a todos. Contudo, a estratégia fundamental de todos será sempre: vou me proteger, de qualquer maneira e não quero saber a que preço. Com o tempo, esta estratégia se torna a decisão de base que norteia a nossa vida (o ego) porque não temos consciência dela. A nossa prática (atenção) é estar perfeitamente consciente disso, não racionalmente, mas em cada célula óssea de nosso corpo.
Por exemplo, o que você descreve—este encolher até chegar quase a desaparecer—você não estaria agindo assim se não fosse a manifestação de uma decisão. Houve um momento em que você decidiu que a única forma de sobrevivência seria de recorrer a esta estratégia. Você aprendeu (provavelmente sem ter consciência do que fazia) que sentindo-se ameaçada você encolheria. E o que você aprendeu na vida até agora é agir desta forma. Ir ao encontro de qualquer ameaça como?
O que fazemos na prática é aumentar a consciência da atividade incessante do ego. Quando meditamos com inteligência estamos fazendo isto, clarificando a estratégia do ego—conscientes das sensações no corpo, ouvindo nossos pensamentos desordenados—o que nos permite observar como esta estratégia domina nossas vidas. Só então é que podemos verdadeiramente avaliar que este tigre que nos tiraniza é vazio e que não precisamos estar a mercê de nada tão irreal. Nossa decisão pode não ter sido tola então, mas agora é tola e inadequada. Já não é necessária.

CHARLOTTE JOKO BECK

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Precioso Buda

Queridos,

Assistam esse bonito documentário (em 5 partes) sobre a vida do precioso Buda.
Segue a sinopse da BBC:

"Este documentário recria a vida de alguém que nunca quis ser venerado como um Deus, mas que mudou para sempre a história da humanidade em busca de paz e felicidade eterna. Quinhentos anos antes de Cristo um jovem príncipe deixou seu palácio e iniciou uma viagem pelo norte da Índia. Suas experiências definiram uma filosofia de vida que hoje tem mais de 400 milhões de praticantes. A filosofia Budista cresce dia após dia e mais pessoas, cada vez mais jovens, se interessam sobre os ensinamentos de Buda.No início do século XIX, um grupo de arqueólogos e exploradores ocidentais encontrou em Lumbini, um pequeno povoado do Nepal, o lugar de nascimento de Buda, o que os permitiu descobrir alguns segredos de sua vida. Uma pesquisa profunda, com testemunhos de especialistas e as últimas descobertas arqueológicas."

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Pare de se perturbar




[...] A razão para um retiro solitário é se libertar de distúrbios. Mas o que é isso que te perturba? Você se perturba. Então, se você não perturbar a si mesmo, já está pronto.Em outras palavras, a ênfase não está no ambiente, mas no modo como você reage ao ambiente. Nossas mentes ficam agitadas e perturbadas pela nossa perseguição aos objetos dos cinco sentidos. Se podemos controlar isso, já temos realização em retiro solitário.Se o problema realmente estivesse nos cinco tipos de objetos sensoriais, eles também deveriam perturbar cadáveres. Então, viva em um lugar onde você não se perturbe, ou seja, onde você pare de perturbar a si mesmo.
Gyatrul Rinpoche (China, 1924 ~)
"Natural Liberation"

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Darmapada


Queridos,

"Em outubro, chegou aos leitores de todo o país a principal e mais difundida obra do cânone budista, o Darmapada (ou “Versículos do darma” ou ainda “A doutrina budista em versos”). Preservados primeiramente de forma oral, os aforismos éticos e morais ditos por Buda foram registrados por escrito no século I a.C., no Ceilão, atual Sri Lanka. Agora, os ensinamentos proferidos por Sidarta Gáutama (aproximadamente 563 - 483 a.C.), o Buda, chegam à Coleção L&PM POCKET traduzidos direto do páli por Fernando Cacciatore de Garcia, diplomata brasileiro aposentado e grande estudioso de Buda, do budismo e do páli."

Confiram aqui. uma entrevista do tradutor.

Amor e paz!!!

sábado, 5 de dezembro de 2009

O Zen e a pratica na vida pessoal e coletiva

Palestra da Monja Coen sensei - "Zen Budismo: prática na vida pessoal e coletiva", proferida durante o evento "Budismo no mundo contemporâneo", no CEBB Caminho do Meio, Viamão - RS.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A Terceira Porta da Liberação


A Terceira Porta da Liberação é a ausência de objetivo. Não há nada a fazer, nada a realizar, nenhum programa a ser cumprido, nenhuma agenda. Esse é o ensinamento budista sobre os fins últimos do homem. A rosa tem que fazer alguma coisa? Não, o objetivo da rosa é apenas ser uma rosa. Seu objetivo é ser quem você é. Você não precisa sair correndo e se tornar outra pessoa. Você é maravilhoso do jeito que é. Esse ensinamento do Buda permite que a gente se divirta, contemple o céu azul e tudo o mais que é tão bom e refrescante no momento presente.

Não há nenhuma necessidade de inventar objetivos para depois correr atrás deles. Nós já temos tudo o que é necessário, já somos aquilo em que desejamos nos tornar. Somos todos Budas, por isso podemos dar a mão a um outro Buda e praticar a meditação andando. Esse é o ensinamento do Avatamsaka Sutra. Seja você mesmo, a vida é preciosa do jeito que é. Não há necessidade de correr, lutar, carregar fardos nem disputar coisas. Podemos apenas existir. Estar aqui, neste momento, neste lugar, já é uma forma profunda de meditação. A maioria das pessoas não acredita que caminhar sem pressa e despreocupadamente seja o bastante. As pessoas acham que lutar e competir são coisas normais e necessárias. Tente praticar a ausência de objetivos por cinco minutos apenas, e observe como será feliz durante esses cinco minutos.

O Sutra do Coração diz que não há nada para ser atingido. Nós não meditamos para atingir a iluminação, porque a iluminação já está em nós, conseqüentemente não há necessidade de busca-Ia. Não precisamos de propósitos nem de metas. Nossa prática não visa obter uma alta posição. Quando praticamos a ausência de objetivo, entendemos que nada nos falta, que já somos tudo o que queríamos ser. Nessa altura, nossa luta desesperada principia a cessar. Fazemos as pazes com o momento presente, e conseguimos observar a luz do sol entrando pela janela e ouvir o barulho da chuva. Não precisamos mais correr atrás de coisas externas. Podemos usufruir esse momento. As pessoas discutem como chegar ao Nirvana, mas na verdade já estamos lá. A ausência de objetivo e o Nirvana são uma coisa só.

Ao acordar hoje de manhã eu sorri.
Vinte e quatro horas, novinhas em folha, ao meu dispor.
Tenho a firme intenção de viver plenamente cada momento do meu dia,
E olhar para todos os seres com o olhar da compaixão.

Essas vinte e quatro horas são uma dádiva preciosa, que só poderemos usufruir completamente quando tivermos aberto a Terceira Porta da Liberação, que é a ausência de objetivo. Se pensarmos que temos vinte e quatro horas para realizar alguma coisa, o dia de hoje passa a ser um meio para atingir um fim. O momento de cortar madeira ou carregar água é o momento que temos para sermos felizes. Não devemos esperar que essas tarefas estejam terminadas para só então sermos felizes. Ser feliz agora significa não ter metas agora. Se não fizermos isto, andaremos em círculo pelo resto da vida. No momento presente, temos tudo o que necessitamos para fazer desse momento o mais feliz de nossas vidas, mesmo se estivermos com dor de cabeça ou com um resfriado. Não temos que esperar o resfriado acabar para poder ser felizes. Resfriar-se é parte da vida.

Alguém me perguntou: "Você não está preocupado com a situação do mundo?" Eu respirei e respondi: "O mais importante é não permitir que a ansiedade em relação aos acontecimentos mundiais encha o seu coração. Se o coração for preenchido pela ansiedade, você ficará doente, e não poderá ajudar quando for necessário." Existem guerras - grandes e pequenas - em muitos lugares, e isso pode nos tornar ansiosos. A ansiedade é a doença de nosso tempo. Estamos sempre preocupados conosco, com a família, com os amigos, com o trabalho, e também com a situação do mundo. Se permitirmos que a preocupação inunde os nossos corações, mais cedo ou mais tarde ficaremos doentes.

É verdade que existe uma enorme quantidade de sofrimento por este mundo afora, mas o fato de saber disso não significa que estamos paralisados. Se praticarmos a respiração, a caminhada, a meditação e o trabalho com consciência, e fizermos o melhor que pudermos para ajudar os outros, teremos paz no coração. A preocupação não realiza nada. Mesmo se nos preocuparmos dez vezes mais, isso não melhorará em nada a situação do mundo. Na verdade, a ansiedade só faz piorar as coisas. Mesmo sabendo que nada é como gostaríamos que fosse, devemos ficar contentes mesmo assim, porque estamos dando o nosso melhor, e continuaremos a fazer isso. Se não soubermos respirar, sorrir e viver com atenção e profundidade cada momento de nossa vida, nunca poderemos ajudar ninguém. Sou feliz agora. Não me falta nada. Não espero nenhum tipo de felicidade adicional nem condições ideais para poder ser mais feliz ainda. A prática mais importante de todas é ausência de objetivo, em vez de ficar correndo atrás das coisas intensamente.

Aqueles dentre nós que tiveram a sorte de conhecer e praticar a atenção plena têm a responsabilidade de trazer paz e alegria para as suas vidas, mesmo que as condições do corpo, da mente ou do meio ambiente não sejam exatamente as que gostaríamos. Sem felicidade não poderemos ser um refúgio para os outros. Pergunte a si mesmo. O que estou esperando para ser feliz? Por que não fico feliz agora mesmo? Meu único desejo é ajudar vocês todos a entenderem isso. Como podemos inserir a prática da atenção plena na sociedade? Como podemos ajudar o maior número possível de pessoas a ser feliz e a ensinar a arte da atenção plena a outras pessoas? O número de pessoas capazes de gerar violência é muito grande, enquanto que um número muito reduzido sabe respirar e gerar felicidade. Todo novo dia representa mais uma oportunidade para ser feliz e ser um refúgio para os outros.

Não precisamos nos tornar nada além do que já somos. Não precisamos desempenhar nenhuma ação específica. Só precisamos ser felizes no momento presente, e dessa forma estaremos sendo úteis às pessoas que amamos e a toda a sociedade. A ausência de objetivo significa parar e entender que a felicidade está ao nosso alcance. Se for perguntado quanto tempo alguém precisa praticar para ser feliz, eu responderei que essa pessoa pode ser feliz imediatamente. A prática da ausência de objetivo é a prática da liberdade.

(Do livro “A Essência dos ensinamentos de Buda” – Thich Nhat Hanh)