sábado, 13 de junho de 2009

Os véus da mente I

Se não há uma diferença essencial entre a mente de um buddha e a nossa própria mente, por que um buddha tem tantas qualidades atribuídas a ele, e nós não? A diferença é que em nossas mentes a natureza de buddha está obscurecida por todos os tipos de cobertura.
No nível impuro - isso é, na ignorância - cada uma das três facetas da mente pura se torna um dos elementos que constituem a experiência dualista. Para começar, a ignorância sobre a abertura da mente conduz à uma concepção de um sujeito, de um "eu", de um observador; e a ignorância sobre a claridade essencial conduz à ignorância dos objetos exteriores. É assim que surge a dicotomia sujeito-objeto, eu-outro.
Uma vez que os dois pólos da visão dualista tenham sido estabelecidos, vários relacionamentos se desenvolvem entre eles, que por sua vez motivam diferentes atividades. Os estágios deste processo são constituídos de quatro véus que mascaram a mente pura, a natureza de buddha. Eles são: o véu da ignorância, o véu da tendência básica, o véu das aflições mentais e o véu do karma. Eles são consecutivos e estão estruturados um após o outro.

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