quinta-feira, 22 de julho de 2010

Um budista na gestão


No meio das gravatas e smartphones, o homem calmo vestindo a tradicional túnica laranja dos budistas destoava da maioria. A fala de voz baixa e palavras ditas com cuidado em nada lembra o ambiente corporativo, com sua competição, correria e tecnologia. Mas o dirigente do Centro de Estudos Budistas Caminho do Meio, lama Padma Samten, sentou-se diante das 2,5 mil pessoas e deu, no mínimo, um nó na cabeça de muita gente ao falar de física quântica, sabedorias cognitivas e meditação. E tudo isso para dizer que o futuro da gestão está nas mãos de quem conseguir enxergar o novo além do saber preestabelecido do mundo corporativo.

No final do 11º Congresso de Gestão, na Fiergs, o lama tratou de dizer que a mensagem não tem a ver com religião, mas com bom senso e lucidez. Sugeriu meditação no lugar de pilhas de relatórios, ajuda mútua em vez de competitividade voraz, alegria para o trabalho em troca de reclamações por salários. Assim, é possível humanizar a gestão das companhias, voltando-as para a felicidade das pessoas e não só para a economia do mercado.

Uma das habilidades mais mencionadas foi a capacidade de olhar para as mesmas coisas e descobrir solução nova, sem preconceitos ou fórmulas estabelecidas.

INFORME ECONÔMICO MARIA ISABEL HAMMES
ZERO HORA/ Porto Alegre

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