sábado, 24 de janeiro de 2009

Extraído do livro "O tesouro do coração dos iluminados" por Patrul Rinpoche e Dilgo Khyentse Rinpoche:

"Não adianta procurar, fora, a natureza suprema da mente - ela está dentro. Quando falamos de "mente" é importante descriminar entre a mente comum, referindo-se às incontáveis cadeias de pensamentos que criam e perpetuam o estado de delusão, ou como aqui, sobre a natureza da mente como fonte de todos estes pensamentos - o estado claro e vazio da presença (rigpa) totalmente destituída de delusão"."Para ilustrar esta diferença o Senhor Buda ensinou que existem duas maneiras de meditar - a primeira, como um cão e a outra, como um leão. Quando se joga um pedaço de pau a um cão, ele corre para apanhá-lo, mas quando se joga um pedaço de pau a um leão, ele corre na direção de quem atirou. É possível jogar muitos pedaços de pau a um cão, mas a um leão só se atira um. Quando completamente bombardeados por pensamentos, aplicamos antídotos a um e depois ao seguinte, o trabalho é vão. Este exemplo é como o do cão. O exemplo do leão é melhor, devemos procurar de onde os pensamentos surgem, o vazio da presença (rigpa), em cuja superfície os pensamentos se movem como ondulações sobre a superfície de um lago, mas cuja profundidade é o estado imutável de completa simplicidade".

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